quinta-feira, 5 de julho de 2007

Vacas famintas invadem aldeia.

Os habitantes da pequena aldeia de Valongo, no concelho de Avis (Portalegre), estão à beira de um ataque de nervos, porque uma manada de 200 vacas invade constantemente a aldeia e destrói culturas, entre outros bens que se encontram na via pública, como as portas da casa mortuária e do cemitério.

A situação arrasta-se desde o Verão passado, segundo afirmam os moradores, que vivem constantemente em pânico, com receio do que os animais poderão fazer ao final de cada dia. Se na Índia as vacas são um animal sagrado e de culto, em Valongo os bovinos são considerados pelos moradores da pacata aldeia como o "martírio de cada dia".

"Esta situação arrasta-se há vários meses e ninguém faz nada. Quando chega a temporada dos pastos secos e com pouca comida para as vacas, os animais que pastoreiam numa herdade, nas imediações da aldeia, arrombam as cercas e aparecem aqui para destruir tudo", conta Joaquim Pereira, um dos moradores. Ao que o DN apurou, os animais pertencem ao Monte Vale de Pais e estarão numa propriedade com vedação mas sem vaqueiro a tempo inteiro.

"As minhas culturas já foram destruídas, agora espero que a vinha que tenho aqui no quintal da minha casa e que se encontra bem verde não seja uma atracção para as cerca de 200 vacas", diz, preocupado, o sexagenário, que está a ponderar pernoitar junto aos bens que possui.

"Isto é um horror, aparecem aqui ao final do dia, comem tudo o que aparece à frente e deixam um rasto de excrementos pelas ruas", afirmam os populares, que receiam ainda que esta situação possa vir a provocar, durante uma invasão, algum ferido.

"Nós ajudamos as autoridades a afastar os animais, mas nunca sabemos como é que eles vão reagir, estamos sempre com receio", sublinha ainda Joaquim Pereira.

Os relatos e as histórias sobre a manada de vacas sucedem-se: "No Verão passado entraram no cemitério, felizmente não se registarm muitos danos, mas já esta semana danificaram a porta da casa mortuária", revelam, indignados, os populares - que não entendem o comportamento e a passividade dos proprietários dos animais perante esta situação.

"Não fazem nada, passam a responsabilidade de uns para os outros ou dizem às pessoas que não querem saber das vacas, tudo isto porque existem algumas divergências familiares", apontam.

Quando se regista uma situação de invasão de vacas na aldeia, as autoridades tomam conta da ocorrência e levantam os respectivos autos de contra-ordenação, mas segundo Fernando Passinhas, sargento na GNR de Avis, "nada acontece aos proprietários." Passinhas revela ainda que cada vez que são alertados para esta situação "os militares deslocam-se ao local e eles próprios efectuam o trabalho de vaqueiros".

Carmo Caetano, da Direcção de Serviços de Veterinária de Évora, disse ao DN que "desconhece por completo este caso". Fonte da junta de freguesia local afirma que "está atenta ao desenrolar da situação". O DN tentou contactar os proprietários dos bovinos, que vivem em Ponte de Sor, mas até ao fecho desta edição tal não foi possível. Enquanto não se tomam medidas de fundo, as vacas continuam a vaguear pela aldeia de Valongo e a retirar o sono à população.

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Fonte: Diário de Notícias
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Data de Publicação: 04 de Julho de 2007.
Frase Chave: "No Verão passado entraram no cemitério, felizmente não se registarm muitos danos, mas já esta semana danificaram a porta da casa mortuária".

Comentário: Grandes malucas!! E aquela de irem para o cemitério?? Pois. Deve haver por lá ervinha fresca... E depois ainda lhes chamam vacas loucas... Mais espertas que alguns... Mas eu não sei do que é que esta gente se queixa!! Há quem dê tudo por uma boa garraiada, e eles têm uma quase todos os dias e logo com 200 vacas!!! Espectáculo!!! Já agora: quem é que contou os animais para saber que eram mesmo 200??

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